O Cérebro que nos faz humanos

Sinopse:

O que nos faz humanos? A resposta para essa fascinante questão tem sido uma busca para muitos cientistas, com ênfase nos genes, no nosso grande cérebro, nas nossas capacidades cognitivas e sociais complexas e flexíveis e na evolução cultural cumulativa característica da nossa espécie. Com a grande expansão da neurociência nas últimas décadas e anos, será possível que a compreensão da estrutura e da função do cérebro humano possa nos ajudar a explicar porque somos a espécie que somos? Para responder a essa questão, o autor formula outra: Há alguma singularidade no cérebro humano? E para dar uma resposta minimamente esclarecedora, será preciso comentar o que a neurociência tem também a nos dizer sobre o cérebro, o comportamento social e as capacidades cognitivas dos grandes primatas não humanos mais próximos de nós do ponto de vista evolutivo. Será preciso ainda viajar no tempo e relatar o que a neurociência tem a nos dizer sobre o cérebro, o comportamento social e as capacidades cognitivas de nossos ancestrais humanos, como afinal chegamos a nos tornar Homo sapiens. Por fim, temos que ir até a nossa infância, quando começamos a nos tornar humanos, à medida que o nosso cérebro se desenvolve e aprendemos a falar e a acumular o conhecimento, a crença e a cultura das pessoas com quem convivemos. O autor mostra o cérebro em ação em aspectos fundamentais da nossa existência, como o vínculo do casal, o comportamento parental, a interação entre emoção e cognição, a empatia, a compaixão, a agressão, a discriminação e a exclusão social, a tomada de decisão, o livro arbítrio, a linguagem falada e escrita, a música e a crença. José Eymard Pittella é médico formado pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Doutor em Patologia pela UFMG. Pós-Doutor em Neuropatologia no Institut für Neuropathologie, Medizinische Hochschule Hannover, em Hannover, Alemanha. Professor titular aposentado da Faculdade de Medicina da UFMG, onde foi o organizador e responsável pelo Laboratório de Neuropatologia. Trabalhou em projetos de pesquisa e extensão em neuropatologia no Serviço de Patologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Além de publicações na área médica, escreveu o livro Construindo o Saber da Ciência (2012) e o artigo O banco de dados do Prêmio Nobel como indicador da internacionalização da ciência brasileira entre 1901 e 1966 na revista História, Ciências, Saúde – Manguinhos (2018).